A
ORIGEM "QUATUOR CORONATI?
(OS QUATRO SANTOS MÁRTIRES
COROADOS)
Todo bom maçom já ouviu
falar da Loja “Quatuor Coronati” de
Pesquisas, a primeira e mais famosa Loja Maçônica de Pesquisas do mundo. O que
poucos maçons sabem é a origem do seu nome, baseada numa lenda, uma lenda
maçônica.
No século XVIII foi
encontrado na Inglaterra um antigo manuscrito, provavelmente do século XII,
chamado de Lenda de Arundel. Há nele um relato da história dos Quatuor Coronati,
história essa também citada no conhecido “Poema Regius”, outro famoso manuscrito maçônico, datado do século
XIV.
Caio Aurélio Valério
Diocleciano foi um Imperador Romano entre os séculos III e IV que empreendeu a
maior perseguição cristã da história romana. A lenda relata que Diocleciano
encomendou aos quatro melhores artífices sob seu domínio uma estátua de
Esculápio, deus da saúde, da cura, da medicina. Porém, os quatro artífices
professavam secretamente a fé cristã e se recusaram a realizar o trabalho. Como
punição, os quatro foram açoitados, pregaram coroas de pregos em suas cabeças, e
eles foram trancados em caixões de chumbo e jogados no rio Tibre.
A história diz ainda que,
alguns anos depois, os cristãos, recordando do martírio daqueles artífices,
passaram a se referirem a eles como os “Quatro Coroados”, que em latim é
“Quatuor Coronati”.
Quando de sua fundação,
em 1884, a Loja “Quatuor Coronati” se propôs
a realizar estudos e pesquisas maçônicas com base em “evidências”, e não mais em
“achismos” como ocorria de forma majoritária na literatura maçônica até aquele
momento. Proposta seguida à risca até os dias de hoje. Por esse motivo, ela
ficou conhecida como a “autêntica escola” de pesquisas maçônicas.
Através daLoja “Quatuor Coronati” a Maçonaria Inglesa
conseguiu iniciar no século XIX o que a Maçonaria Brasileira ainda não fez em
pleno século XXI: combater seus mitos.
O Maçom moderno deve buscar nos Quatro
Coroados, os exemplos de conduta:
1 - crer num Ser Superior e na
imortalidade da alma;
2 - permanecer homem puro e sincero;
3 – honrar sua
condição de Obreiro;
4 – jamais “criar ídolos” apesar do efêmero beneficio
que isso possa lhe trazer.
História dos Quatro
Santos Coroados
Que foram
nove
O nome de Quatour
Coronati é famoso nos meios maçônicos precisamente por ser o nome da Loja de
investigação mais importante do mundo, a nº 2076 de Inglaterra, fundada em 1886
e cujo primeiro Venerável foi Sir Charles Warren.
Nas suas “Transactions” publicadas com o
título de “Ars Quatour Coronatorum” figuram importantes trabalhos e as
conseqüentes discussões a que estes deram lugar, contribuíram de maneira
decisiva para o conhecimento histórico e doutrinário da Ordem.
De um modo geral, não é muito conhecido
a origem do nome que esta loja adotou, desaparecido na história da primitiva
arte da construção na Europa. Aqui pois apresentamos a lenda dos “Quatro”
Mártires Coroados.
OS
CINCO
Claudio, Nicóstrato, Sinforiano, Castorio (e o ajudante deste ultimo,
Simplício), eram cristãos secretos e destacados operários nas pedreiras de
Diocleciano, em Panonia, região do Danúbio médio. A lenda agrega o romântico
detalhe de que os seus excelentes trabalhos explicavam-se porque eram dedicados
à gloria de Deus.
Recordemos que Diocleciano foi Imperador romano desde o ano 284 até
305 d.C. e que reorganizou o Império de acordo com um sistema hierárquico, a
Tetraquia. Seu genro e em seguida Imperador, Valério Maximiliano Galerio,
instigou-o a iniciar uma perseguição contra os cristãos.
Diocleciano ordenou a estes peritos que
esculpissem uma estátua em honra a Esculápio (Deus pagão protetor da medicina,
filho de Apolo).
Firmes
na sua fé, eles negaram-se, perdendo a simpatia do Imperador. Foram condenados a
uma horrível morte: foram fechados vivos num ataúde de chumbo, e lançados ao rio
em 8 de Novembro de 287 d.C. (?). Um correligionário chegou a esconder os seus
restos mortais na sua própria casa.
OS QUATRO
Quando Diocleciano regressou a Roma edificou um templo
dedicado ao culto de Esculápio, ordenando que todos os soldados romanos e
especialmente os milicianos de Roma deveriam render culto e queimassem incenso
aos pés da imagem.
Quatro soldados cristãos que se negaram
foram açoitados até à morte e os seus corpos atirados aos cães. Os cadáveres de
Severus, Severianus, Corpophorus e Victorius (nomes pelos quais foram conhecidos
posteriormente), foram sem duvida, resgatados e enterrados junto aos outros
Santos.
OS NOVE
A
lenda continua a narrar que passados doze anos, o Bispo mandou edificar em
memória dos nove uma igreja com o nome de Quatro Mártires
Coroados.
Como foi dito
no titulo, os Quatro Mártires foram na realidade nove.
VENERAÇÃO
Os relatos dizem que as
“relíquias” dos Santos foram depositadas numa Igreja: serra, martelo, maço,
compasso e esquadro (os grêmios de carpinteiros também têm estes Santos como
patronos: recordemos que grande parte dos edifícios da época era construída em
madeira).
Estas
ferramentas, junto a uma coroa e á imagem de um cão ou um lobo (que recusaram a
comer os corpos e defenderam-nos do ataque de outros carnívoros) foram a
insígnia dos Santos.
A
Igreja Católica dedicou o dia 8 de Novembro para homenageá-los e santificou-os.
São Jerônimo (Sofronio Aurélio Jerónimo, autor da versão latina “Vulgata” da
Bíblia, 347-420) já se referia a eles.
MAÇONARIA
Em séculos posteriores (VI)
organizaram-se os Collegia Fabrorum: os seus membros ocupavam a retaguarda dos
exércitos romanos destruindo tudo existente quando passavam nas suas ações de
conquista pela Europa, Ásia e norte de África. A missão dos “collegiati” era a
reconstrução.
Dentro
desses Collegia venerou-se a memória dos Santos e as suas ferramentas
converteram-se nos seus emblemas.
Com o simples efeito informativo e sem
querermos aceitar uma linha de continuidade (muitas vezes argumentada, mas
totalmente infundada), entre feitos históricos cuja origem, causa e estrutura
são totalmente distintos, cabia mencionar que os Mestres “Comacinos” (arquitetos
exilados no Lago de Como, na época em que se desagrega o Império, legendários
precursores dos maçons medievais).
O franco (francos: tribos da Germânia,
hoje Alemanha) Carlos Magno (742-814), Imperador do Ocidente, o Reino Germânico
(843), o Sacro Império Romano (962), foram a ligação por onde passou a lenda
legada aos “freemasons” ingleses (s. XII, “guildas”, que para satisfazer a
Igreja colocavam-se debaixo do amparo de um Rei ou de um Santo) e aos
“steimettzen” (canteiros alemães) mediavas (s. XII, que debaixo das ordens e
maestria de Erwin de Steinbach construíram a Catedral de Estrasburgo), adotaram
também os Quater Coronati como Santos patronos do grêmio
operativo.
DOCUMENTOS
O “Manuscrito Régio” é o
mais antigo documento normativo maçônico conhecido até ao momento, data de 1390
e foi encontrado por Jones O. Haliwell, o qual adota o seu nome, em
1839.
É um poema de 794
versos, contendo ricas lições éticas e harmonizados ensinamentos de tolerância e
fraternidade, criando uma ligação entre a maçonaria operativa, á qual se refere,
e a especulativa que praticamos.
O seu titulo é “HIC INCIPIUNT CONSTITUTIONES ARTIS GEOMETRAE
SECUNDUM EUCLIDEM”.
Na
sua conclusão diz: “Roguemos agora a Deus Todo Poderoso e a sua doce mãe Virgem
Maria, que nos ajudem a observar estes artigos e estes pontos em todas as suas
vertentes, como o fizeram outras vezes os Quatro Coroados, Santos Mártires, que
são a glória da comunidade.
Bons maçons, eleitos, também eles foram
escultores e talhadores de pedra. Eram trabalhadores dotados de todas as
virtudes.
“O imperador
chamou-os para junto de si, e mandou-os esculpirem a imagem de um falso deus
ordenando que a adorassem como se fosse o Deus Supremo…” Ao relatar a lenda diz:
“A sua festa realiza-se oito dias depois da de Todos os Santos…”
Os “Estatutos dos Canteiros Alemães”,
constituições dos Stenmetzen, “jurados na Assembléia de Ratisbona” (Regesburg,
Alemanha) em 1459 e aprovados pelo Imperador Maximiliano I, principiam com a
seguinte invocação: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e de nossa
Mãe a graciosa Maria, e de seus Santos servidores, os Quatro Mártires Coroados
de perdurável memória”.
A
consistência da Lenda nestes dois documentos constitui uma prova determinante da
sua origem.
História dos
Quatro Mártires: “Quatuor Coronati”
A lenda dos “Quatro Mártires Coroados”
data da época do Imperador Gaius Aurelius Valerius Dioclecianu, ou simplesmente
Diocleciano I (284 a 305 d.C.) nascido em 236 na Dalmácia. Seu reinado foi muito
longo e caracterizou-se pela capacidade administrativa sustentada num caráter e
numa personalidade carismáticas.
Estabeleceu as bases da Tetrarquia, dividindo o poder entre os
setores “pars Orientis” e “pars Occidentis”, permitindo, assim, a sobrevivência
do Império Romano do Oriente por mais de 1000 anos.
Um dos mais antigos documentos sobre
Maçonaria é o “Manuscrito Regius” ou Manuscrito de Halliwell do
século
Trata-se de um
poema maçônico, escrito em inglês arcaico, composto de 796 versos dos quais 37
são reservados à honra dos “Quatuor Coronati” ou Quatro Coroados, patronos das
artes da alvenaria e da escultura.
Os “Quatuor Coronati” foram CARPÓFARO,
SEVERIANO, SEVERO e VITORINO. Eram quatro artesãos e Mestres em lavrar e
aplainar a pedra bruta, assim como hábeis artífices no ofício de escultores. Os
quatro haviam se convertido à fé cristã.
A lenda dos “SANTOS COROADOS”, data da
época do Imperador Gaius Aurelius Valerius Diocletianu, ou simplesmente
Diocleciano I (284 -305 d.C.) nascido em 236 na Dalmácia.
Seu reinado foi muito longo e
caracterizou-se pela capacidade administrativa sustentada num caráter e numa
personalidade carismáticas.
Estabelecer as bases da Tetrarquia,
dividindo o poder entre os setores “pars Orientis” e “pars Occidentis”,
permitindo, assim, a sobrevivência do Império Romano do Oriente por mais de 1000
anos.
Um dos mais
antigos documentos sobre Maçonaria é o manuscrito Regius ou Manuscrito de
Halliwell do século IV.
Trata-se de um poema maçônico, escrito
em inglês arcaico, composto de 796 versos dos quais 37 são reservados à honra
dos “Quatuor Coronati” ou Quatro Santos Coroados, patronos das artes da
alvenaria e da escultura.
Tendo Diocleciano I ordenado que eles
esculpissem uma estátua ao deus Esculápio (deus da saúde), eles o negaram. No
ano 298, foram então condenados, açoitados com cordas cujas extremidades estavam
providas com pontas de chumbo; desfaleceram e foram encerrados em barris com
ferros pontiagudos e lançados no rio.
Recolhidos por outros cristãos foram
sepultados na Via Lavicana nos arredores de Roma. Por muito tempo os nomes
desses mártires ficaram desconhecidos, apenas chamando a atenção às coroas que
eles traziam nas cabeças.
É que, Diocleciano mandara que lhes
fossem cravadas, coroas de ferro no alto da cabeça, fixadas a marteladas através
de um longo cravo em forma de punhal que lhes perfurava o crânio numa extensão
vertical de 15 cm aproximadamente.
No ano 305 cinco outros escultores
cristãos, pertencentes à classe militar dos “cornicularii” de Pannonia, no
Danúbio, também desobedeceram às ordens de Dioccleciano. Recusaram-se, da mesma
forma, a esculpir estátuas pagãs e a queimar incenso em honra do deus
Esculápio.
Eram eles
Sinforiano, Simplicio, Nicostrato, Cláudio e Castore. Antes de serem mortos,
seus corpos foram atirados à fúria de cães famintos e bravios. Os cinco de
Pannonia também tiveram seus crânios perfurados passaram a serem venerados
juntos outros quatro dos quais não se sabiam os nomes.
Quando o Papa Melchiades tornou-se Papa,
e dirigiu a Igreja, entre 310 a 314 dC., depois que o Imperador Romano Galerius
publicou, um edito de tolerância que terminava com a perseguição aos cristãos e
o resgate de seus corpos martirizados.
Melchiades dirigiu a Igreja entre 310 e
314, passando a resgatar os corpos dos cristãos martirizados. Descobertos
aqueles primeiros mártires, Melchiades denominou-os “Os Quatro Coroados” ou
“Quatuor Coronati”, determinando que sua festa fosse celebrada no dia 8 de
novembro.
Descobertos os
corpos daqueles primeiros mártires (Carpófaro, Severiano, Severo e Vitorino)
denominou-os “Os Quatro Santos Coroados” ou “Quatuor Coronati”, determinando que
sua festa fosse celebrada a 8 de novembro.
Os construtores medievais imaginaram
cada um dos quatro colocados nos quatro pontos dos Templos, vigiando a
obra.
Mais tarde os pedreiros cristãos lembraram-se dos nomes dos quatro
mártires romanos, e a Maçonaria adotou seus nomes como patronos das Lojas
dedicadas ao estudo e às pesquisas da Arte Real.
Em suas figuras, retratadas nas Lojas de
Pesquisa, Carpófaro, Severiano, Severo e Vitorino aparecem portando a trolha, a
régua, o esquadro, o maço e um jogo de cinzéis.
Nos séculos posteriores organizaram-se os
“Collegia Fabrorum” e dentre os Collegii, se venerava a memória dos “Quatro
Santos Coroados” e suas ferramentas de pedreiro, que logo se tornaram emblemas
de suas atividades. Essa tradição alcançou os “freemasons” ingleses do século
XII, e as “guildas”, que se colocavam sob a proteção de um rei e de um
santo.
Nos chamados
“steimettzen” (canteros alemanes) durante a construção da Catedral de
Estrasburgo, os Mestres Construtores adotaram os “QUATUOR CORONATI” como
patronos daquele Grêmio Operativo.
TRADIÇÃO
Os construtores medievais
imaginaram cada um dos quatro mártires colocados nos quatro pontos dos Templos,
vigiando a obra. Mais tarde os pedreiros cristãos lembraram-se dos nomes dos
quatro Romanos que haviam sido CARPÓFARO, SEVERIANO, SEVERO e VITORINO e a
Maçonaria adotou seus nomes como patronos das Lojas dedicadas ao estudo e às
pesquisas da Arte Real.
Na figura retratada no painel da Loja,
CARPÓFARO, SEVERIANO, SEVERO e VITORINO aparecem portando a trolha, a régua, o
esquadro, o maço e um jogo de cinzéis.
Nos séculos posteriores organizaram-se
os “Collegia Fabrorum” e dentre os Collegii, venerava-se a memória de CARPÓFARO,
SEVERIANO, SEVERO e VITORINO. Suas ferramentas de pedreiro logo se tornaram
emblemas de suas atividades.
Depois, essa tradição alcançou os
“freemasons” ingleses do século XII e às “guildas”, que se colocavam sob a
proteção de um rei e de um santo.
Nos chamados “steinmettzen” (canteiros
alemães), durante a construção da Catedral de Estrasburgo, os Mestres
Construtores adotaram os “QUATUOR CORONATI” como patronos daquele Grêmio
Operativo.
ANTIGOS
DOCUMENTOS
O Painel representa os Quatro Mártires Coroados—Quatuor Coronati—
desenho extraído do antigo Manuscrito HALLIWELL ou POEMA REGIUS, o documento
maçônico mais antigo de que se tem conhecimento. Foi escrito por volta de 1390
em inglês arcaico, usando-se letras góticas. Tem 64 páginas e 794
versos.
Os estudiosos
afirmam, entretanto, que o texto foi copiado de um documento ainda mais
antigo.
Na figura do
painel vemos, da esquerda para a direita, Carpófaro com a trolha (colher de
pedreiro), Severo com a régua, Severiano com o esquadro e Vitorino com o maço e
o compasso.
O Manuscrito
HALLIWELL é de cunho religioso e cristão. Transcrevemos, abaixo, a passagem em
versos que se refere aos Quatro Coroados:
“A ARTE DOS QUATRO COROADOS. Supliquemos
a Deus Todo-Poderoso para que sejam protegidos esses quatro mártires que no
ofício foram considerados com grande honra.
Eles eram os melhores maçons da Terra,
escultores em madeira, fabricantes de imagens. O imperador tinha alta estima por
esses nobres operários e ordenou-lhes a criação de uma estátua à sua imagem para
ser venerada.
Ele
queria, assim, desviar o povo da lei do Cristo. Esses quatro homens tinham fé na
lei do Cristo e em seu ofício que não desejavam desonrar. Esses quatro homens
adoravam a Deus e seus mandamentos desejando permanecerem a Seu
serviço.
Eles eram
quatro homens puros e sinceros, viviam segundo a Lei divina. Não quiseram, de
forma alguma, criar ídolos, apesar do beneficio que poderiam obter com isso.
Recusaram-se a criar uma imitação de Deus.
Esses quatro homens não renunciariam a
sua fé para se perderem nos caminhos da falsa lei. O imperador, irado, ordenou
que fossem detidos e mantidos num profundo calabouço.
Quanto mais ele os detinha prisioneiros,
mais eles viviam na graça do Cristo.
Quando o Imperador viu que era
impotente, ordenou que fossem mortos. Se vocês quiserem saber mais, encontrarão
no livro da Lenda dos Santos. Os nomes dos Quatro Coroados são por todos
conhecidos.
Sua festa
ocorre no oitavo dia após o Dia de Todos os Santos.”
Que foram
nove
O nome de Quatour
Coronati é famoso nos meios maçônicos precisamente por ser o nome da Loja de
investigação mais importante do mundo, a nº 2076 de Inglaterra, fundada em 1886
e cujo primeiro Venerável foi Sir Charles Warren.
Nas suas “Transactions” publicadas com o
título de “Ars Quatour Coronatorum” figuram importantes trabalhos e as
conseqüentes discussões a que estes deram lugar, contribuíram de maneira
decisiva para o conhecimento histórico e doutrinário da Ordem.
De um modo geral, não é muito conhecido
a origem do nome que esta loja adotou, desaparecido na história da primitiva
arte da construção na Europa. Aqui pois apresentamos a lenda dos “Quatro”
Mártires Coroados.
OS
CINCO
Claudio, Nicóstrato, Sinforiano, Castorio (e o ajudante deste ultimo,
Simplício), eram cristãos secretos e destacados operários nas pedreiras de
Diocleciano, em Panonia, região do Danúbio médio. A lenda agrega o romântico
detalhe de que os seus excelentes trabalhos explicavam-se porque eram dedicados
à gloria de Deus.
Recordemos que Diocleciano foi Imperador romano desde o ano 284 até
305 d.C. e que reorganizou o Império de acordo com um sistema hierárquico, a
Tetraquia. Seu genro e em seguida Imperador, Valério Maximiliano Galerio,
instigou-o a iniciar uma perseguição contra os cristãos.
Diocleciano ordenou a estes peritos que
esculpissem uma estátua em honra a Esculápio (Deus pagão protetor da medicina,
filho de Apolo).
Firmes
na sua fé, eles negaram-se, perdendo a simpatia do Imperador. Foram condenados a
uma horrível morte: foram fechados vivos num ataúde de chumbo, e lançados ao rio
em 8 de Novembro de 287 d.C. (?). Um correligionário chegou a esconder os seus
restos mortais na sua própria casa.
OS QUATRO
Quando Diocleciano regressou a Roma edificou um templo
dedicado ao culto de Esculápio, ordenando que todos os soldados romanos e
especialmente os milicianos de Roma deveriam render culto e queimassem incenso
aos pés da imagem.
Quatro soldados cristãos que se negaram
foram açoitados até à morte e os seus corpos atirados aos cães. Os cadáveres de
Severus, Severianus, Corpophorus e Victorius (nomes pelos quais foram conhecidos
posteriormente), foram sem duvida, resgatados e enterrados junto aos outros
Santos.
OS NOVE
A
lenda continua a narrar que passados doze anos, o Bispo mandou edificar em
memória dos nove uma igreja com o nome de Quatro Mártires
Coroados.
Como foi dito
no titulo, os Quatro Mártires foram na realidade nove.
VENERAÇÃO
Os relatos dizem que as
“relíquias” dos Santos foram depositadas numa Igreja: serra, martelo, maço,
compasso e esquadro (os grêmios de carpinteiros também têm estes Santos como
patronos: recordemos que grande parte dos edifícios da época era construída em
madeira).
Estas
ferramentas, junto a uma coroa e á imagem de um cão ou um lobo (que recusaram a
comer os corpos e defenderam-nos do ataque de outros carnívoros) foram a
insígnia dos Santos.
A
Igreja Católica dedicou o dia 8 de Novembro para homenageá-los e santificou-os.
São Jerônimo (Sofronio Aurélio Jerónimo, autor da versão latina “Vulgata” da
Bíblia, 347-420) já se referia a eles.
MAÇONARIA
Em séculos posteriores (VI)
organizaram-se os Collegia Fabrorum: os seus membros ocupavam a retaguarda dos
exércitos romanos destruindo tudo existente quando passavam nas suas ações de
conquista pela Europa, Ásia e norte de África. A missão dos “collegiati” era a
reconstrução.
Dentro
desses Collegia venerou-se a memória dos Santos e as suas ferramentas
converteram-se nos seus emblemas.
Com o simples efeito informativo e sem
querermos aceitar uma linha de continuidade (muitas vezes argumentada, mas
totalmente infundada), entre feitos históricos cuja origem, causa e estrutura
são totalmente distintos, cabia mencionar que os Mestres “Comacinos” (arquitetos
exilados no Lago de Como, na época em que se desagrega o Império, legendários
precursores dos maçons medievais).
O franco (francos: tribos da Germânia,
hoje Alemanha) Carlos Magno (742-814), Imperador do Ocidente, o Reino Germânico
(843), o Sacro Império Romano (962), foram a ligação por onde passou a lenda
legada aos “freemasons” ingleses (s. XII, “guildas”, que para satisfazer a
Igreja colocavam-se debaixo do amparo de um Rei ou de um Santo) e aos
“steimettzen” (canteiros alemães) mediavas (s. XII, que debaixo das ordens e
maestria de Erwin de Steinbach construíram a Catedral de Estrasburgo), adotaram
também os Quater Coronati como Santos patronos do grêmio
operativo.
DOCUMENTOS
O “Manuscrito Régio” é o
mais antigo documento normativo maçônico conhecido até ao momento, data de 1390
e foi encontrado por Jones O. Haliwell, o qual adota o seu nome, em
1839.
É um poema de 794
versos, contendo ricas lições éticas e harmonizados ensinamentos de tolerância e
fraternidade, criando uma ligação entre a maçonaria operativa, á qual se refere,
e a especulativa que praticamos.
O seu titulo é “HIC INCIPIUNT CONSTITUTIONES ARTIS GEOMETRAE
SECUNDUM EUCLIDEM”.
Na
sua conclusão diz: “Roguemos agora a Deus Todo Poderoso e a sua doce mãe Virgem
Maria, que nos ajudem a observar estes artigos e estes pontos em todas as suas
vertentes, como o fizeram outras vezes os Quatro Coroados, Santos Mártires, que
são a glória da comunidade.
Bons maçons, eleitos, também eles foram
escultores e talhadores de pedra. Eram trabalhadores dotados de todas as
virtudes.
“O imperador
chamou-os para junto de si, e mandou-os esculpirem a imagem de um falso deus
ordenando que a adorassem como se fosse o Deus Supremo…” Ao relatar a lenda diz:
“A sua festa realiza-se oito dias depois da de Todos os Santos…”
Os “Estatutos dos Canteiros Alemães”,
constituições dos Stenmetzen, “jurados na Assembléia de Ratisbona” (Regesburg,
Alemanha) em 1459 e aprovados pelo Imperador Maximiliano I, principiam com a
seguinte invocação: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e de nossa
Mãe a graciosa Maria, e de seus Santos servidores, os Quatro Mártires Coroados
de perdurável memória”.
A
consistência da Lenda nestes dois documentos constitui uma prova determinante da
sua origem.
História dos
Quatro Mártires: “Quatuor Coronati”
A lenda dos “Quatro Mártires Coroados”
data da época do Imperador Gaius Aurelius Valerius Dioclecianu, ou simplesmente
Diocleciano I (284 a 305 d.C.) nascido em 236 na Dalmácia. Seu reinado foi muito
longo e caracterizou-se pela capacidade administrativa sustentada num caráter e
numa personalidade carismáticas.
Estabeleceu as bases da Tetrarquia, dividindo o poder entre os
setores “pars Orientis” e “pars Occidentis”, permitindo, assim, a sobrevivência
do Império Romano do Oriente por mais de 1000 anos.
Um dos mais antigos documentos sobre
Maçonaria é o “Manuscrito Regius” ou Manuscrito de Halliwell do
século
Trata-se de um
poema maçônico, escrito em inglês arcaico, composto de 796 versos dos quais 37
são reservados à honra dos “Quatuor Coronati” ou Quatro Coroados, patronos das
artes da alvenaria e da escultura.
Os “Quatuor Coronati” foram CARPÓFARO,
SEVERIANO, SEVERO e VITORINO. Eram quatro artesãos e Mestres em lavrar e
aplainar a pedra bruta, assim como hábeis artífices no ofício de escultores. Os
quatro haviam se convertido à fé cristã.
A lenda dos “SANTOS COROADOS”, data da
época do Imperador Gaius Aurelius Valerius Diocletianu, ou simplesmente
Diocleciano I (284 -305 d.C.) nascido em 236 na Dalmácia.
Seu reinado foi muito longo e
caracterizou-se pela capacidade administrativa sustentada num caráter e numa
personalidade carismáticas.
Estabelecer as bases da Tetrarquia,
dividindo o poder entre os setores “pars Orientis” e “pars Occidentis”,
permitindo, assim, a sobrevivência do Império Romano do Oriente por mais de 1000
anos.
Um dos mais
antigos documentos sobre Maçonaria é o manuscrito Regius ou Manuscrito de
Halliwell do século IV.
Trata-se de um poema maçônico, escrito
em inglês arcaico, composto de 796 versos dos quais 37 são reservados à honra
dos “Quatuor Coronati” ou Quatro Santos Coroados, patronos das artes da
alvenaria e da escultura.
Tendo Diocleciano I ordenado que eles
esculpissem uma estátua ao deus Esculápio (deus da saúde), eles o negaram. No
ano 298, foram então condenados, açoitados com cordas cujas extremidades estavam
providas com pontas de chumbo; desfaleceram e foram encerrados em barris com
ferros pontiagudos e lançados no rio.
Recolhidos por outros cristãos foram
sepultados na Via Lavicana nos arredores de Roma. Por muito tempo os nomes
desses mártires ficaram desconhecidos, apenas chamando a atenção às coroas que
eles traziam nas cabeças.
É que, Diocleciano mandara que lhes
fossem cravadas, coroas de ferro no alto da cabeça, fixadas a marteladas através
de um longo cravo em forma de punhal que lhes perfurava o crânio numa extensão
vertical de 15 cm aproximadamente.
No ano 305 cinco outros escultores
cristãos, pertencentes à classe militar dos “cornicularii” de Pannonia, no
Danúbio, também desobedeceram às ordens de Dioccleciano. Recusaram-se, da mesma
forma, a esculpir estátuas pagãs e a queimar incenso em honra do deus
Esculápio.
Eram eles
Sinforiano, Simplicio, Nicostrato, Cláudio e Castore. Antes de serem mortos,
seus corpos foram atirados à fúria de cães famintos e bravios. Os cinco de
Pannonia também tiveram seus crânios perfurados passaram a serem venerados
juntos outros quatro dos quais não se sabiam os nomes.
Quando o Papa Melchiades tornou-se Papa,
e dirigiu a Igreja, entre 310 a 314 dC., depois que o Imperador Romano Galerius
publicou, um edito de tolerância que terminava com a perseguição aos cristãos e
o resgate de seus corpos martirizados.
Melchiades dirigiu a Igreja entre 310 e
314, passando a resgatar os corpos dos cristãos martirizados. Descobertos
aqueles primeiros mártires, Melchiades denominou-os “Os Quatro Coroados” ou
“Quatuor Coronati”, determinando que sua festa fosse celebrada no dia 8 de
novembro.
Descobertos os
corpos daqueles primeiros mártires (Carpófaro, Severiano, Severo e Vitorino)
denominou-os “Os Quatro Santos Coroados” ou “Quatuor Coronati”, determinando que
sua festa fosse celebrada a 8 de novembro.
Os construtores medievais imaginaram
cada um dos quatro colocados nos quatro pontos dos Templos, vigiando a
obra.
Mais tarde os pedreiros cristãos lembraram-se dos nomes dos quatro
mártires romanos, e a Maçonaria adotou seus nomes como patronos das Lojas
dedicadas ao estudo e às pesquisas da Arte Real.
Em suas figuras, retratadas nas Lojas de
Pesquisa, Carpófaro, Severiano, Severo e Vitorino aparecem portando a trolha, a
régua, o esquadro, o maço e um jogo de cinzéis.
Nos séculos posteriores organizaram-se os
“Collegia Fabrorum” e dentre os Collegii, se venerava a memória dos “Quatro
Santos Coroados” e suas ferramentas de pedreiro, que logo se tornaram emblemas
de suas atividades. Essa tradição alcançou os “freemasons” ingleses do século
XII, e as “guildas”, que se colocavam sob a proteção de um rei e de um
santo.
Nos chamados
“steimettzen” (canteros alemanes) durante a construção da Catedral de
Estrasburgo, os Mestres Construtores adotaram os “QUATUOR CORONATI” como
patronos daquele Grêmio Operativo.
TRADIÇÃO
Os construtores medievais
imaginaram cada um dos quatro mártires colocados nos quatro pontos dos Templos,
vigiando a obra. Mais tarde os pedreiros cristãos lembraram-se dos nomes dos
quatro Romanos que haviam sido CARPÓFARO, SEVERIANO, SEVERO e VITORINO e a
Maçonaria adotou seus nomes como patronos das Lojas dedicadas ao estudo e às
pesquisas da Arte Real.
Na figura retratada no painel da Loja,
CARPÓFARO, SEVERIANO, SEVERO e VITORINO aparecem portando a trolha, a régua, o
esquadro, o maço e um jogo de cinzéis.
Nos séculos posteriores organizaram-se
os “Collegia Fabrorum” e dentre os Collegii, venerava-se a memória de CARPÓFARO,
SEVERIANO, SEVERO e VITORINO. Suas ferramentas de pedreiro logo se tornaram
emblemas de suas atividades.
Depois, essa tradição alcançou os
“freemasons” ingleses do século XII e às “guildas”, que se colocavam sob a
proteção de um rei e de um santo.
Nos chamados “steinmettzen” (canteiros
alemães), durante a construção da Catedral de Estrasburgo, os Mestres
Construtores adotaram os “QUATUOR CORONATI” como patronos daquele Grêmio
Operativo.
ANTIGOS
DOCUMENTOS
O Painel representa os Quatro Mártires Coroados—Quatuor Coronati—
desenho extraído do antigo Manuscrito HALLIWELL ou POEMA REGIUS, o documento
maçônico mais antigo de que se tem conhecimento. Foi escrito por volta de 1390
em inglês arcaico, usando-se letras góticas. Tem 64 páginas e 794
versos.
Os estudiosos
afirmam, entretanto, que o texto foi copiado de um documento ainda mais
antigo.
Na figura do
painel vemos, da esquerda para a direita, Carpófaro com a trolha (colher de
pedreiro), Severo com a régua, Severiano com o esquadro e Vitorino com o maço e
o compasso.
O Manuscrito
HALLIWELL é de cunho religioso e cristão. Transcrevemos, abaixo, a passagem em
versos que se refere aos Quatro Coroados:
“A ARTE DOS QUATRO COROADOS. Supliquemos
a Deus Todo-Poderoso para que sejam protegidos esses quatro mártires que no
ofício foram considerados com grande honra.
Eles eram os melhores maçons da Terra,
escultores em madeira, fabricantes de imagens. O imperador tinha alta estima por
esses nobres operários e ordenou-lhes a criação de uma estátua à sua imagem para
ser venerada.
Ele
queria, assim, desviar o povo da lei do Cristo. Esses quatro homens tinham fé na
lei do Cristo e em seu ofício que não desejavam desonrar. Esses quatro homens
adoravam a Deus e seus mandamentos desejando permanecerem a Seu
serviço.
Eles eram
quatro homens puros e sinceros, viviam segundo a Lei divina. Não quiseram, de
forma alguma, criar ídolos, apesar do beneficio que poderiam obter com isso.
Recusaram-se a criar uma imitação de Deus.
Esses quatro homens não renunciariam a
sua fé para se perderem nos caminhos da falsa lei. O imperador, irado, ordenou
que fossem detidos e mantidos num profundo calabouço.
Quanto mais ele os detinha prisioneiros,
mais eles viviam na graça do Cristo.
Quando o Imperador viu que era
impotente, ordenou que fossem mortos. Se vocês quiserem saber mais, encontrarão
no livro da Lenda dos Santos. Os nomes dos Quatro Coroados são por todos
conhecidos.
Sua festa
ocorre no oitavo dia após o Dia de Todos os Santos.”